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12 milhões de brasileiros deixam presentes de Natal para a última hora

Pesquisa revela que busca por promoções é o principal motivo, mas especialistas alertam para o risco de gastos impulsivos e endividamento.
Pessoas fazendo compras no shopping
Segundo pesquisa da CNDL/SPC Brasil, a busca por promoções lidera os motivos. (Foto: Valter Campanato)

A contagem regressiva para o Natal acelera e, com ela, a corrida aos shoppings e ao comércio. Um levantamento nacional revela que o hábito de deixar as compras de presentes para a última hora ainda é uma realidade para 12,2 milhões de brasileiros, que pretendem adquirir os itens apenas na semana que antecede a data comemorativa.

A pesquisa, realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), ouviu consumidores nas 27 capitais do país e traçou o perfil e as motivações desse grupo.

Atrás das promoções ou à espera do 13º?

A principal razão para adiar as compras é a expectativa por preços mais baixos. Segundo o estudo, 38% dos entrevistados que compram na última hora esperam encontrar promoções e liquidações. Outros motivos relevantes são:

  • 25% afirmam que estão esperando o pagamento do salário ou da segunda parcela do 13º.
  • 19% admitem ser desorganizados e acabam deixando para depois.

O alerta do especialista: o barato pode sair caro

Embora a busca por economia seja o principal motor dos “atrasados”, a estratégia pode não ser tão vantajosa. O presidente da CNDL, José César da Costa, alerta que a pressa e as circunstâncias podem comprometer o orçamento.

“Fatores como o aumento do fluxo de pessoas, o prazo apertado e a redução no estoque acabam dificultando a pesquisa de preços e a negociação”, explica. Segundo ele, isso aumenta o risco de compras por impulso e da adesão a parcelamentos longos, que podem desestabilizar as finanças e gerar endividamento nos meses seguintes.

A recomendação para quem vai às compras na reta final é clara: defina um limite rígido de gastos e resista à pressão. “Planejar com antecedência e pesquisar devidamente continuam sendo as estratégias mais eficazes para garantir boas compras e preservar a saúde financeira”, conclui o presidente da CNDL.

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