Pesquisar

Poder

Poder

China reage a novas tarifas dos Estados Unidos e acusa Washington de “dois pesos e duas medidas”

Pequim critica decisão de Donald Trump de impor taxação adicional de 100% sobre mercadorias chinesas e diz que medida prejudica relações bilaterais.
tarifas EUA China
Pequim afirmou que a medida prejudica as relações econômicas bilaterais. (Foto: Gerada Artificialmente)

O governo da China reagiu neste domingo (12) ao anúncio do presidente norte-americano Donald Trump, que decidiu impor taxas adicionais de 100% sobre mercadorias chinesas. Em comunicado, o Ministério do Comércio chinês classificou a medida como um exemplo clássico de “dois pesos e duas medidas” na política comercial dos Estados Unidos.

A nova taxação, que se soma às tarifas já existentes, deve entrar em vigor a partir de 1º de novembro, segundo o anúncio de Trump. O presidente norte-americano justificou a decisão como uma resposta à “postura comercial extraordinariamente agressiva” de Pequim, após o governo chinês endurecer as regras de exportação de tecnologias relacionadas a terras raras, um setor considerado estratégico pela Casa Branca.

Disputa envolve controle sobre terras raras

A medida intensifica a disputa entre as duas maiores economias do planeta. A China é o maior produtor mundial de terras raras, materiais essenciais para a fabricação de produtos de alta tecnologia, como chips, baterias, veículos elétricos e equipamentos de defesa.

Na última quinta-feira (9), o governo chinês anunciou novos controles sobre a exportação de tecnologias ligadas à extração e produção desses minerais. O Departamento de Comércio dos EUA já vinha acusando Pequim de abusar de sua posição dominante no setor e de restringir o acesso global a insumos estratégicos.

Impacto nas relações bilaterais

Em resposta, o Ministério do Comércio chinês afirmou que as ações de Washington “prejudicam gravemente os interesses da China e minam o clima das discussões econômicas e comerciais entre as duas partes”.

A nota ainda acrescenta que “ameaçar constantemente com taxações elevadas não é a abordagem correta para cooperar com a China”, indicando que a escalada tarifária pode comprometer futuras negociações.

A nova rodada de tarifas também afetou o diálogo diplomático entre os dois países. Na última sexta-feira (10), Trump declarou que “não há mais motivo para se reunir” com o presidente Xi Jinping durante a Cúpula da APEC, marcada para o fim de outubro, em resposta à decisão de Pequim.

Mais notícias