O cessar-fogo entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, entrou em vigor às 11h15 locais (6h15 em Brasília), neste domingo (19), conforme anúncio do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. O início das hostilidades foi atrasado em quase três horas em relação ao horário inicialmente previsto, que era às 8h30. A decisão ocorreu após a confirmação dos nomes dos três reféns que serão libertados hoje, atendendo às exigências de Israel.

No dia anterior (18), o primeiro-ministro de Israel ameaçou suspender o acordo até que o Hamas informasse oficialmente os nomes dos reféns. O gabinete de Netanyahu divulgou que “o cessar-fogo não começará até que Israel tenha a lista dos reféns libertados, que o Hamas se comprometeu a dar”. Os nomes das reféns, identificadas como Romi Gonen, de 24 anos, Emily Damari, de 28 anos, e Doron Steinbrecher, de 31 anos, foram informados às famílias antes do início do acordo.

A primeira fase do cessar-fogo tem duração prevista de seis semanas e inclui a suspensão das hostilidades e a troca de prisioneiros palestinos detidos por Israel pela libertação de reféns em Gaza. O acordo foi anunciado na última quarta-feira (15) por mediadores internacionais, incluindo o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani. Segundo ele, o objetivo é conduzir, no longo prazo, “a um fim definitivo da guerra”.

O conflito foi desencadeado por um ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, descrito como o mais grave na região em décadas. Durante o ataque, diversos reféns foram raptados, levando à intensificação das tensões. O cessar-fogo, agora em vigor, é visto como um passo inicial para a redução das hostilidades na região.