O Ceará encerrou os oito primeiros meses de 2025 com uma redução de 23,4% nos Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVP). Foram 19.411 registros de janeiro a agosto deste ano, frente a 25.338 casos no mesmo período de 2024, o que representa 5.927 roubos a menos, conforme dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp).

Fortaleza, capital do estado, apresentou uma queda de 26%, com 13.263 ocorrências neste ano contra 17.914 registros no ano passado. A retração foi observada em todas as regiões do estado, tanto no acumulado do ano como no comparativo entre os meses de agosto.

Agosto de 2025 registra menor número de roubos desde 2015

No comparativo entre os meses de agosto, o estado registrou uma queda de 23,3% nos CVPs, com 2.361 ocorrências este ano contra 3.077 em 2024. Destaque novamente para Fortaleza, onde a redução foi de 26,6%, com 579 crimes a menos que no mesmo mês do ano anterior.

Segundo a Supesp, o agosto de 2025 teve o melhor resultado da série histórica, considerando apenas os meses de agosto desde 2015. Os números indicam o impacto de programas de prevenção, como o Meu Celular, Segurança no Ponto e Moto Segura CE, além do aumento de ações ostensivas das forças policiais.

Indicadores de furto também apresentam queda

A redução também foi significativa nos crimes de furto, com uma queda de 10,9% no estado. Foram 37.035 ocorrências este ano contra 41.573 em 2024. Em Fortaleza, a redução foi de 7,7%, e no Interior Norte, o destaque foi uma queda de 17%.

Em agosto, a diminuição nos furtos chegou a 28,9% no estado. A região do Interior Sul teve o melhor desempenho, com redução de 39,4%, passando de 1.307 para 792 casos.

Polícia intensifica prisões e amplia investigações

De janeiro a agosto, foram 2.783 prisões por roubo, sendo 1.729 somente em Fortaleza. Em agosto, a média foi de 12 prisões diárias. O reforço nas ações é atribuído à criação do novo Departamento de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio (Depatri), da Polícia Civil do Ceará, desde maio.

Segundo o secretário da SSPDS, Roberto Sá, a melhora nos índices é resultado de ações coordenadas, presença nas ruas e investigações mais eficientes, com foco na responsabilização de autores mesmo sem prisão em flagrante.