Economia
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O Ceará registrou o maior crescimento da atividade econômica e industrial entre os estados do Nordeste e superou a média nacional no acumulado de 12 meses encerrados em janeiro de 2025, segundo o Boletim Macro Regional – Nordeste, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).
De acordo com o estudo, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) no Ceará cresceu 5,5% no período, bem acima da média nordestina (3,9%) e nacional (3,8%). Mesmo considerando apenas o mês de janeiro, o desempenho estadual (3%) se manteve superior ao regional (2,1%) e próximo do nacional (3,6%).
O desempenho do setor industrial cearense foi ainda mais expressivo. O crescimento acumulado em 12 meses chegou a 6,5%, mais do que o triplo da média do Nordeste (2,1%) e mais que o dobro do avanço registrado no Brasil (2,9%). Na comparação entre janeiro de 2025 e dezembro de 2024, o salto foi de 7,9%, enquanto a média nacional permaneceu estável e a região teve queda de 4%.
Já o setor de serviços apresentou resultados mistos. O Ceará liderou o crescimento entre os estados nordestinos na variação mensal de janeiro (1,7%) e ficou acima da média nacional, que recuou 0,2%. No entanto, no acumulado de 12 meses, o crescimento foi de apenas 0,4%, o menor da região e distante da média brasileira (2,9%).
Apesar dos avanços, o estado enfrenta dificuldades na valorização do trabalho. O rendimento real médio do trabalhador cearense cresceu 2,8% em um ano — abaixo da média nordestina (7%) e nacional (4,3%). O salário médio no Ceará é de R$ 2.158, inferior à média do Nordeste (R$ 2.284) e do Brasil (R$ 3.315).
Atividade econômica (IBC-Br – 12 meses): 5,5%
Atividade industrial (12 meses): 6,5%
Setor de serviços (12 meses): 0,4%
Rendimento médio mensal: R$ 2.158
Variação do rendimento anual: 2,8%