Ceará
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A Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) iniciou um novo ciclo de busca ativa de casos suspeitos de sarampo e rubéola, com o objetivo de identificar possíveis infecções não diagnosticadas. A iniciativa segue até sexta-feira (27) e inclui análise de prontuários clínicos, fichas de atendimento em unidades de saúde e registros laboratoriais. Neste ano, as ações também abrangem visitas domiciliares em comunidades.
Segundo Karizya Veríssimo, assessora do Grupo Técnico das Doenças Preveníveis por Vacinas da Sesa, a estratégia é voltada a pacientes com sintomas compatíveis registrados nos últimos 30 dias e que possam ter passado despercebidos. “Acrescentamos também a busca ativa comunitária, na qual buscamos casos suspeitos diretamente na comunidade”, afirmou.
A medida visa manter o Ceará livre da circulação dos vírus. Desde 2022, não há novos casos confirmados de sarampo no estado. No total, 35 casos foram notificados em 2023 e 40 em 2024, todos descartados por critério laboratorial. Em 2025, já são 16 casos notificados, também sem confirmação. Em relação à rubéola, não há registros desde 2008.
A titular da Coordenadoria de Imunização (Coimu), Ana Karine Borges, reforça que a vacina é a forma mais eficaz de prevenção. Segundo ela, existem três tipos de vacinas disponíveis no SUS: dupla viral, tríplice viral e tetraviral. A imunização é indicada para todas as pessoas de 12 meses a 59 anos de idade, respeitando os esquemas por faixa etária.
Crianças devem receber a primeira dose aos 12 meses e a segunda aos 15 meses;
Pessoas de 1 a 39 anos sem histórico vacinal devem tomar duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias;
Adultos entre 40 e 59 anos devem receber uma única dose.
O sarampo é uma doença infecciosa grave, transmitida pelo contato com secreções respiratórias. Seus sintomas incluem febre alta, manchas avermelhadas, tosse seca e irritação nos olhos, sendo mais letal entre crianças.
A rubéola, também transmitida pelo ar, preocupa principalmente durante a gestação, podendo provocar a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC). Bebês cujas mães foram infectadas durante a gravidez correm risco de malformações, surdez, problemas cardíacos e lesões oculares.