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Após o devastador incêndio de 15 de abril de 2019, a Catedral de Notre-Dame, em Paris, reabrirá oficialmente no próximo sábado (7). A cerimônia contará com a presença de cerca de 50 chefes de Estado e de Governo. Apesar da reabertura, o projeto de restauração, avaliado em 700 milhões de euros, ainda não está concluído e continuará até 2030, conforme explicou Aline Magnien, especialista do Ministério da Cultura francês e diretora do Laboratório de Investigação dos Monumentos Históricos (LRMH).
Tecnologias como modelação 3D foram fundamentais para a reconstrução de elementos internos da catedral, permitindo a análise dos movimentos das abóbadas e a reconstituição dos arcos duplos. Museus, o Centro Nacional de Investigação Científica (CNRS) e laboratórios universitários participaram do restauro, que enfrentou desafios como contaminação por chumbo e atrasos causados pela pandemia de covid-19.
Magnien destacou que, para assegurar a proteção do monumento gótico de mais de 800 anos, foram implementadas paredes corta-fogo e sistemas de nebulização contra incêndios.
A possibilidade de instalação de vitrais contemporâneos, proposta pela diocese de Paris com apoio do presidente Emmanuel Macron, gerou debates. Embora a substituição de vitrais brancos seja comum, o desmantelamento de 240 metros quadrados de vidraças do século 19 é questionado devido aos custos, impacto ecológico e seu significado histórico.
Entre as prioridades futuras está o desmonte e restauração da rosácea ocidental, além de intervenções no exterior da catedral, como contrafortes e murais das capelas.