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Cassação de Carla Zambelli será decidida pelo plenário da Câmara, diz Motta

Deputada teve pena de dez anos de prisão confirmada pelo STF por invasão ao sistema do CNJ.
De acordo com Motta, a decisão do STF será tratada conforme o regimento da Câmara. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta terça-feira (10) que caberá ao plenário da Casa decidir sobre a perda do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), após a confirmação da sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

No último sábado (7), o ministro Alexandre de Moraes determinou que Zambelli comece a cumprir de forma definitiva a pena de dez anos de prisão, aplicando ainda a perda do mandato parlamentar. A prisão, inicialmente preventiva, foi convertida em definitiva após o STF rejeitar recursos da defesa.

Decisão final será do plenário

Hugo Motta afirmou que a decisão do STF será tratada conforme o regimento da Câmara. “Eu darei o cumprimento regimental. Nós vamos notificar para que ela possa se defender e a palavra final será a palavra do plenário. Isso é cumprir a decisão”, declarou.

Na segunda-feira (9), Motta já havia sinalizado que a Câmara respeitaria a decisão do Supremo, mas reiterou que o Plenário é soberano: “Essa decisão poderia ser cumprida pela Mesa [Diretora] ou pelo Plenário. E é o Plenário que tem a legitimidade desta Casa”.

Zambelli deixou o país após condenação

A Câmara havia autorizado, em 5 de junho, um pedido de licença não remunerada feito por Zambelli em 29 de maio, poucos dias antes de ela anunciar sua saída do país com o objetivo de se estabelecer na Europa e evitar a prisão. Três dias após o anúncio, foi confirmada sua condenação junto com o hacker Walter Delgatti, também sentenciado no processo.

Zambelli e Delgatti foram considerados culpados por invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

Bloqueio de bens e ativos financeiros

Na quarta-feira (4), o ministro Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias e ativos financeiros da deputada. A medida foi executada pelo Banco Central, que comunicou a decisão ao Supremo na quinta-feira (5).

Zambelli permanece foragida desde que a Primeira Turma do STF rejeitou seus recursos no dia 6 de junho, selando a condenação definitiva.

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