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Casos de febre oropouche já superam 2024 no Ceará e chegam a Fortaleza, Maracanaú e Quixadá

Doença transmitida pelo mosquito maruim tem epicentro no Maciço de Baturité e preocupa autoridades de saúde.
A transmissão acontece principalmente por meio do vetor Culicoides paraensis, conhecido popularmente como maruim ou mosquito-pólvora. (Foto: Bruna Lais Sena do Nascimento)

A febre oropouche, arbovirose transmitida pelo mosquito maruim, já registra 310 casos confirmados no Ceará em 2025, segundo boletim atualizado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) até o dia 5 de abril. O número já supera o total de 255 casos contabilizados em todo o ano passado, quando a doença teve os primeiros registros no Estado.

Com circulação predominante no Maciço de Baturité, a febre teve os três primeiros casos “importados” confirmados fora da região: um em Fortaleza, um em Maracanaú (Região Metropolitana) e outro em Quixadá (Sertão Central). Os pacientes estiveram recentemente em Baturité, local onde contraíram o vírus, conforme explicou Antonio Lima Neto, secretário executivo de Vigilância da Sesa.

O avanço do vírus em 2025 está ligado à sua migração para áreas urbanas do Maciço, com destaque para o município de Baturité, que concentra 72% das infecções deste ano, totalizando 224 diagnósticos positivos.

Outros municípios com registros confirmados são:

  • Aratuba: 81 casos

  • Capistrano: 1 caso

  • Mulungu: 1 caso

  • Fortaleza: 1 caso

  • Maracanaú: 1 caso

  • Quixadá: 1 caso

Segundo a Sesa, o avanço da febre oropouche está relacionado à presença de nichos ambientais favoráveis ao vetor em áreas com vegetação e produção agrícola próxima a cursos d’água, como plantios de banana e chuchu. Essas condições favorecem a reprodução do maruim (conhecido também como mosquito-pólvora), vetor da doença.

Em apenas uma semana de abril, foram 86 novos casos identificados, reforçando o alerta para a monitorização e controle vetorial, especialmente em áreas urbanas com proximidade a ambientes propícios à proliferação do inseto.

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