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A Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) aprovou, nesta terça-feira (14), um novo empréstimo de R$ 200 milhões solicitado pela Prefeitura ao Banco do Brasil. O projeto, de autoria do prefeito Evandro Leitão (PT), foi encaminhado ao Legislativo no dia 7 de outubro e tramitou em regime de urgência, sendo aprovado em discussão única.
O montante será destinado exclusivamente a despesas de capital, como obras e investimentos em infraestrutura urbana. Após a aprovação, o texto seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para redação final e retornou ao Plenário Fausto Arruda para a votação definitiva. O projeto agora segue para sanção do prefeito.
Este é o segundo pacote de operações de crédito encaminhado pela Prefeitura à Câmara em 2025. Em abril, o Legislativo aprovou cinco propostas semelhantes, totalizando R$ 1,83 bilhão em financiamentos junto ao Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).
De acordo com o Executivo Municipal, os novos recursos têm como objetivo ampliar a capacidade de investimento da cidade, reduzir o endividamento e garantir obras estruturantes em áreas prioritárias.
Segundo o vereador Bruno Mesquita (PSD), líder do governo na Câmara, a operação deve contribuir para a melhoria da Capacidade de Pagamento (Capag) do município — indicador utilizado pela União para autorizar novas operações de crédito.
Apesar da aprovação, o projeto recebeu críticas de parlamentares da oposição, que apontaram a falta de clareza sobre a destinação dos recursos.
A vereadora Adriana Gerônimo (Psol) afirmou que o texto não especifica as áreas beneficiadas pelo financiamento, o que, segundo ela, “fragiliza o aspecto técnico da proposta”. O vereador Marcelo Mendes (PL) também se manifestou contra, classificando a medida como um “crime de lesa município”.
Outros vereadores, como Bella Carmello (PL), Jorge Pinheiro (PSDB) e Priscila Costa (PL), também votaram contra o projeto, argumentando que a Prefeitura deveria prestar contas sobre os empréstimos anteriores antes de contrair novas dívidas.