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O aumento da temperatura e das chuvas favorece a proliferação de mosquitos transmissores de doenças graves em cães, como a leishmaniose visceral canina (LVC) e a dirofilariose, conhecida como verme do coração. De acordo com Letícia Estevam, professora de Medicina Veterinária da Estácio e mestre em Parasitologia, os cuidados com os animais precisam ser redobrados nessa estação.
A leishmaniose é causada pelo protozoário Leishmania infantum e transmitida pelo mosquito-palha. Já a dirofilariose é desencadeada pelo parasita Dirofilaria immitis, cuja transmissão ocorre por mosquitos comuns, como o Culex, Aedes e Anopheles. Ambas as doenças atingem animais após a picada de insetos infectados, podendo causar complicações severas.
Os sintomas variam entre as enfermidades. A LVC pode apresentar perda de peso, lesões de pele, sangramentos nasais, anemia e problemas renais. Já a dirofilariose, inicialmente silenciosa, tende a se manifestar com tosse persistente, fadiga extrema e, em casos avançados, insuficiência cardíaca. O diagnóstico precoce é essencial e o tratamento, em ambos os casos, exige acompanhamento veterinário contínuo.
A especialista reforça a importância de combinar medidas preventivas: uso de coleiras repelentes, produtos veterinários específicos, limpeza do ambiente para evitar matéria orgânica e água parada, além de evitar passeios ao amanhecer e entardecer. Em regiões de alta incidência ou em caso de viagens, a prescrição de medicação preventiva pode ser necessária.
“Mesmo sendo mais frequentes em épocas quentes e úmidas, essas doenças podem ser transmitidas ao longo do ano todo. Por isso, os cuidados com os pets devem ser contínuos e preventivos”, reforça Letícia Estevam.