A Marinha do Brasil anunciou, nesta terça-feira (7), a suspensão das buscas por vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ocorreu em 22 de dezembro de 2024, ligando os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226. Após 16 dias de operações, três pessoas permanecem desaparecidas.

Segundo comunicado da Marinha, os esforços de resgate resultaram na localização de 14 vítimas fatais e no resgate de um sobrevivente. A operação será interrompida nesta quarta-feira (8), mas poderá ser retomada caso novas informações sobre a localização de desaparecidos surjam.

Buscas e encerramento das operações

Inicialmente, as buscas se concentraram em áreas próximas aos veículos e escombros no fundo do Rio Tocantins. Em 5 de janeiro, teve início uma segunda fase com varreduras em áreas adjacentes ao local do desabamento. Essa etapa será encerrada em função da abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, necessária para dar vazão ao aumento do volume de água causado pelas chuvas na região.

A Marinha informou que um esforço concentrado está sendo realizado nesta terça-feira (7) para uma última varredura antes da suspensão definitiva das buscas. Equipamentos como drones subaquáticos e câmaras hiperbáricas foram empregados para garantir a segurança dos mergulhadores.

Equipes e equipamentos mobilizados

Desde o início das operações, participaram 64 mergulhadores especializados da Marinha do Brasil, além de bombeiros dos estados do Maranhão, Tocantins, Pará, São Paulo e Distrito Federal. Foram utilizados embarcações, drones subaquáticos e aéreos, além de tecnologias avançadas para exploração do rio.

Apesar da suspensão das buscas subaquáticas, a Marinha informou que militares continuarão na região para fiscalizar a operação de balsas e embarcações. Caso novos indícios apareçam, a operação poderá ser reativada.

A Ponte JK, inaugurada em 1961, já apresentava estruturas obsoletas e não suportava o fluxo atual de veículos, segundo informações do Ministério dos Transportes. A tragédia provocou um plano emergencial para a construção de uma nova estrutura, com prazo de conclusão previsto para dezembro de 2025.

Enquanto isso, a travessia entre os estados será feita por balsas, que já estão em operação com fiscalização reforçada.