Poder
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Nesta quinta-feira (24), o grupo Brics anunciou planos de expansão para fortalecer alianças e ampliar o alcance global da organização. O bloco enviará convites a 13 países para que ingressem na modalidade de membros associados. Entre os novos convidados estão Cuba, Bolívia, Turquia, Nigéria, Indonésia, Argélia, Belarus, Malásia, Uzbequistão, Cazaquistão, Tailândia, Vietnã e Uganda. O Brics já conta com os membros plenos Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, além dos recentes incorporados Irã, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Egito.
Os convites, embora não anunciados oficialmente, devem ser feitos mediante confirmação de interesse dos governos. O presidente russo, Vladimir Putin, comentou que o bloco aguarda respostas formais das nações para consolidar a ampliação. “Enviaremos um convite e uma proposta aos futuros países parceiros para participarem do nosso trabalho nessa qualidade [de parceiros associados] e, ao recebermos uma resposta positiva, anunciaremos quem está na lista. Seria inapropriado fazer isto agora, antes de recebermos uma resposta, embora todos esses países praticamente tenham feito solicitações em algum momento”, declarou Putin em coletiva de imprensa.
A 16ª cúpula do Brics, realizada em Kazan, Rússia, abordou critérios para a admissão de novos membros associados. Atualmente, mais de 30 nações manifestaram interesse em integrar o bloco de forma associada ou plena. Durante o encontro, representantes dos países chegaram a um consenso sobre os princípios que devem orientar as novas adesões. A inclusão de novos membros exige equilíbrio geográfico, segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, que afirmou que a diplomacia brasileira defende que a América Latina seja igualmente representada no bloco, em linha com os interesses de países de outros continentes.
Com a ampliação, o Brics busca fortalecer sua posição como um dos principais blocos de países emergentes no cenário econômico global. A criação da categoria de membros associados visa estreitar a cooperação em áreas como comércio, tecnologia e segurança, além de aumentar a influência coletiva das nações em desenvolvimento.