Economia
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O Banco Central (BC) informou, nesta quarta-feira (8), que até o final de novembro de 2024, os brasileiros deixaram de sacar R$ 8,69 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro. Dos R$ 17,63 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras desde o início do programa, R$ 8,94 bilhões já foram devolvidos aos correntistas.
Os recursos não resgatados foram transferidos em 16 de outubro ao Tesouro Nacional, como forma de compensar a prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. Contudo, os valores podem ser sacados mediante ação judicial. Se não forem requeridos nos próximos 25 anos, o montante será incorporado definitivamente ao patrimônio da União.
Baixa adesão e valores disponíveis
Até novembro, 27,4 milhões de beneficiários realizaram saques, o que corresponde a 36,15% dos 75,8 milhões de pessoas e empresas cadastradas no sistema desde fevereiro de 2022. Desses, 25,2 milhões são pessoas físicas e 2,1 milhões, pessoas jurídicas. Ainda restam 44,5 milhões de pessoas físicas e 3,8 milhões de empresas sem realizar o resgate.
Grande parte dos valores não retirados são quantias pequenas:
• 64,88% dos beneficiários têm direito a valores de até R$ 10;
• 23,68% possuem valores entre R$ 10,01 e R$ 100;
• 9,68% têm direito a valores entre R$ 100,01 e R$ 1 mil;
• Apenas 1,75% podem resgatar montantes superiores a R$ 1 mil.
Fontes de recursos no SVR
O sistema foi ampliado em 2023 com a inclusão de novas fontes, como contas de pagamento encerradas, recursos de corretoras e distribuidoras encerradas e tarifas e parcelas cobradas indevidamente. Essas se somam às já existentes, como contas-corrente ou poupança encerradas, cotas de cooperativas de crédito, e recursos de grupos de consórcio finalizados.
Golpes e orientações
O Banco Central alerta para possíveis golpes relacionados ao resgate de valores esquecidos. O órgão reforça que todos os serviços do SVR são gratuitos, que não envia links nem solicita dados pessoais. Apenas a instituição financeira indicada na consulta do sistema pode contatar o cidadão.
Melhorias no acesso
Desde setembro, empresas encerradas podem consultar valores no SVR. O representante legal agora pode usar a conta Gov.br pessoal para acessar os dados e assinar um termo de responsabilidade. A solução é semelhante à consulta de valores de pessoas falecidas.