Os consumidores brasileiros se destacam como os mais abertos à legalização dos jogos de azar entre quatro países avaliados pela pesquisa diária da multinacional YouGov, realizada no Brasil, EUA, Canadá e Grã-Bretanha. Somente 15,4% dos brasileiros concordam plenamente com a afirmação “Todos os jogos de azar deveriam ser ilegais”, enquanto quase um quarto (24,96%) discorda totalmente da ilegalidade. Os demais apresentam visões intermediárias ou sem opinião definida.

Nos EUA, a pesquisa revelou um contraste, com 30,25% dos entrevistados sendo os mais favoráveis à ilegalidade total dos jogos de azar. Apenas 12,06% dos americanos discordam totalmente dessa afirmação. No meio termo, Grã-Bretanha e Canadá registraram que 19,86% dos britânicos apoiam a proibição total, contra 14,02% que discordam totalmente. Entre os canadenses, 10% concordam plenamente com a ilegalidade, enquanto 15,85% são completamente contrários à proibição.

Segundo David Eastman, diretor da YouGov na América Latina, esses dados são fundamentais para as empresas que atuam no setor de apostas e jogos. “No Brasil, onde a regulamentação de jogos de azar on-line é recente, as empresas precisam aproveitar a abertura favorável da população, ao passo que em países onde a prática é mais antiga, ainda há resistência entre os consumidores”, comentou Eastman.

Enquanto a prática é proibida pelo TSE no Brasil desde setembro, as apostas eleitorais são legais nos EUA, embora dados da YouGov mostrem que a adesão é baixa: apenas 4,32% dos americanos já apostaram em eleições, enquanto 92,6% disseram que nunca o fizeram. Mais de 40% dos americanos acreditam que apostar em eleições deveria ser ilegal em qualquer circunstância.

David Eastman conclui que, embora a legalização dos jogos de azar avance globalmente, o mercado de apostas ainda precisa de aprovação popular para crescer em certos contextos.