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O Brasil dará início à substituição escalonada do tradicional exame de papanicolau pelo teste de DNA para rastreamento do HPV no Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão baseia-se nos resultados promissores de um estudo conduzido pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em Indaiatuba (SP), entre 2017 e 2022. Durante o estudo, a aplicação do teste de DNA possibilitou a detecção de lesões pré-cancerosas em até quatro vezes mais casos e identificou 83% dos cânceres em estágios iniciais.
O estudo abrangeu 20.551 mulheres na faixa etária de 24 a 65 anos, atingindo uma cobertura de 58,7%, ampliada para 77,8% ao excluir o período crítico da pandemia. A tecnologia permitiu identificar lesões precursoras de alto grau e cânceres cervicais, com uma média etária de detecção em 41,4 anos, cerca de dez anos antes do que com o papanicolau tradicional.
De acordo com a publicação na revista Nature, a adoção do teste de DNA representa um avanço importante na prevenção e tratamento do câncer de colo de útero, possibilitando diagnósticos precoces e reduzindo significativamente o risco de progressão da doença.