Poder
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A declaração do presidente Donald Trump, na última terça-feira (4), de que os Estados Unidos assumiriam o controle da Faixa de Gaza gerou forte reação internacional. O líder norte-americano afirmou que os mesmos palestinos não deveriam estar encarregados da reconstrução do território e que Washington manteria uma “posição de posse de longo prazo” na região.
Trump fez a declaração na Casa Branca, em Washington, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sendo o primeiro líder estrangeiro recebido por ele desde sua posse para o segundo mandato. A afirmação ocorre em um momento delicado, com negociações em andamento para um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
A reação internacional foi imediata. Brasil, União Europeia, Rússia, países árabes como Egito e Jordânia, além de outros governos, condenaram a fala do presidente norte-americano, alertando para o risco de intensificação do conflito e colapso das negociações de paz. O governo egípcio e autoridades jordanianas reafirmaram que não aceitarão reassentar os dois milhões de palestinos que vivem no território, atualmente devastado pela guerra.
A proposta de Trump também gerou críticas dentro dos Estados Unidos e entre aliados tradicionais, que consideram a ideia inviável e perigosa para a estabilidade no Oriente Médio. Diplomatas alertam que qualquer plano que desconsidere o direito dos palestinos à autodeterminação pode agravar ainda mais as tensões na região.