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Brasil atinge recorde histórico de exportação de café em 2024

Receitas com exportações cresceram 22,3%, com 46,4 milhões de sacas embarcadas até novembro.
A expectativa do setor é fechar o ano com mais de 50 milhões de sacas exportadas. (Foto: Marcello Casal Jr)

O Brasil registrou um novo recorde nas exportações de café em 2024, com o embarque de 46,399 milhões de sacas de 60 kg até novembro, superando o maior volume anterior, de 44,707 milhões, alcançado em 2020. Apenas em novembro, o país exportou 4,66 milhões de sacas, um aumento de 5,4% em relação ao mesmo período de 2023.

Segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), as exportações do produto em novembro renderam US$ 1,343 bilhão, um avanço expressivo de 62,7% em comparação ao mesmo mês do ano passado. No acumulado de janeiro a novembro, o setor faturou US$ 11,30 bilhões, representando um crescimento de 22,3% em relação a 2023.

Os Estados Unidos foram os maiores importadores, adquirindo 7,419 milhões de sacas (16% do total), seguidos por Alemanha (7,228 milhões), Bélgica (4,070 milhões), Itália (3,702 milhões) e Japão (2,053 milhões).

O café arábica manteve a liderança entre as espécies exportadas, com 33,97 milhões de sacas enviadas, um aumento de 23,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, consolidando o maior volume já registrado em 11 meses. Os cafés de qualidade superior ou certificados, com práticas sustentáveis, representaram 17,5% das exportações, totalizando 8,112 milhões de sacas e gerando US$ 2,185 bilhões em receita.

Entre os fatores que contribuíram para o aumento nas exportações estão a competitividade do conilon brasileiro (mais barato que o produto vietnamita) e as antecipações de compras por importadores europeus, motivadas pela iminente entrada em vigor do Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), postergado por 12 meses.

Apesar dos resultados expressivos, o setor enfrenta gargalos logísticos. O presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, destacou os desafios na infraestrutura portuária, que geram custos adicionais para exportadores. “Esse desempenho recorde é fruto do profissionalismo e criatividade dos exportadores, que vêm superando dificuldades logísticas para honrar os compromissos com clientes internacionais.”

O setor projeta que as exportações alcancem a marca histórica de 50 milhões de sacas até o final de 2024, consolidando o Brasil como líder global no mercado de café.

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