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Banco Central lança Pix automático para pagamentos recorrentes

Nova funcionalidade permitirá agendamento de contas sem necessidade de cartão de crédito.
De acordo com o Banco Central, a função vai beneficiar mais de 60 milhões de pessoas. (Foto: Marcello Casal Jr)

O Banco Central (BC) anunciou nesta quarta-feira (4), em evento realizado em São Paulo, o lançamento do Pix automático, uma nova modalidade de pagamento voltada para despesas periódicas e recorrentes, como contas de energia, mensalidades escolares, academias e assinaturas de serviços.

A ferramenta permitirá que o pagador autorize uma única vez a operação, dispensando a necessidade de repetição a cada nova cobrança. De acordo com o BC, o objetivo é facilitar a vida do consumidor, reduzir custos para empresas e ampliar o acesso a serviços para quem não possui cartão de crédito.

Durante o evento Conexão Pix, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, destacou que a nova função vai beneficiar tanto empresas quanto os mais de 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito. “O Pix é um ativo de todos os brasileiros. É o dinheiro que anda na velocidade do nosso tempo”, declarou Galípolo.

O Banco do Brasil foi a primeira instituição financeira a implantar o Pix automático, no final de maio. Segundo o cronograma oficial, o serviço será disponibilizado nos demais bancos a partir de 16 de junho, com pessoas físicas como pagadoras e empresas como recebedoras.

Funcionamento e vantagens

O pagador define regras e limites, como o valor máximo por transação, no momento da autorização. Antes de cada pagamento, a empresa envia a cobrança ao banco do cliente, que agenda a operação e envia uma notificação para conferência do valor. O serviço será gratuito para o cliente.

Segundo Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro do BC, a modalidade une comodidade, facilidade e controle. “O consumidor poderá cancelar a qualquer momento e estabelecer limites por cobrança, mantendo o controle sobre suas despesas”, explicou.

O Pix automático deve reduzir custos operacionais para as empresas, já que não exige convênios bilaterais como ocorre no débito em conta. Além disso, a expectativa é de queda na inadimplência, uma vez que os pagamentos serão programados diretamente da conta do cliente.

Em 2024, o Pix movimentou mais de R$ 26 trilhões em transações. Com o novo recurso, o Banco Central espera aumentar ainda mais o alcance da ferramenta e fortalecer sua infraestrutura como alternativa moderna e acessível para pagamentos no Brasil.

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