O ginasta Arthur Zanetti, campeão olímpico nas argolas em Londres 2012, anunciou neste domingo (12) sua aposentadoria do esporte profissional. Aos 34 anos, o paulista de São Caetano do Sul passará a atuar como treinador de ginástica, permanecendo em sua cidade natal.

A decisão ocorre após um período de lesões que prejudicaram sua participação em competições importantes do ciclo olímpico de Paris. Em maio de 2023, Zanetti sofreu um rompimento agudo do tendão do bíceps distal do braço esquerdo, o que encerrou suas chances de classificação para os Jogos de 2024.

Legado e homenagens

Zanetti é reconhecido como o maior nome da ginástica artística brasileira. Além do ouro em Londres, foi medalhista de prata nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 e acumulou quatro medalhas em Campeonatos Mundiais, incluindo um ouro em Antuérpia 2013. Ele também foi finalista em Tóquio 2021, mas não conseguiu subir ao pódio.

O presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco Antônio La Porta, destacou o impacto de Zanetti no esporte: “Ele é a prova de que é possível, de que podemos chegar lá com muito treino, dedicação e talento. Será um privilégio contar com sua experiência na formação de novos campeões e grandes cidadãos.”

O grego Eleftherios Petrounias, um dos principais adversários de Zanetti e tricampeão mundial, também homenageou o brasileiro nas redes sociais. “Você me tornou um atleta e uma pessoa melhor. Sei que tenho um grande amigo no Brasil, e espero que você pense o mesmo. Você terá sempre meu respeito e amizade.”

Arthur Zanetti foi pioneiro ao conquistar a primeira medalha de ouro da ginástica brasileira em Olimpíadas. Além disso, sua trajetória inspirou uma nova geração de ginastas brasileiros.

Agora como treinador, Zanetti busca continuar contribuindo para a modalidade. “Minha história com a ginástica não acaba aqui. É um novo começo, no qual espero ajudar outros a alcançar seus sonhos e manter o Brasil no topo da ginástica artística”, afirmou o ex-ginasta.