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Celebrado na última semana, o Dia Mundial do Meio Ambiente propõe uma reflexão sobre o impacto da sociedade na natureza, especialmente nas cidades, onde vive a maior parte da população brasileira. Nesse cenário, a arquitetura e o urbanismo se destacam como ferramentas essenciais para garantir o equilíbrio entre desenvolvimento urbano e preservação ambiental.
Para Natália Carvalho, professora e coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Estácio, as decisões sustentáveis precisam começar ainda na elaboração dos projetos. “Tudo começa nas escolhas que a gente faz no projeto, desde o posicionamento do edifício para aproveitar luz e ventilação natural até a seleção de materiais com baixo impacto ambiental”, afirma.
A professora destaca que a sustentabilidade deve estar presente em todas as etapas do processo de criação e não ser tratada como um adendo. “Cada escolha durante o projeto pode contribuir para uma cidade mais equilibrada com o meio ambiente”, explica. No campo do urbanismo, essa lógica se reflete na valorização de áreas verdes, na revitalização de espaços urbanos degradados e no controle da expansão urbana desordenada.
Natália defende ainda que a formação dos arquitetos deve incluir esses princípios como parte central da prática profissional. “As matrizes curriculares já incorporam conteúdos como eficiência energética e sustentabilidade, mas é essencial que esses temas façam parte de todo o processo criativo”, reforça.
Entre as soluções sustentáveis prioritárias para o planejamento urbano, Natália destaca os jardins de chuva e outros sistemas de drenagem, a expansão de áreas verdes, a captação de energia solar e a promoção de uma mobilidade urbana sustentável, com transporte coletivo eficiente, ciclovias e calçadas acessíveis. “Essas práticas ajudam a reduzir as ilhas de calor e a diminuir a emissão de gases poluentes, contribuindo para cidades mais resilientes às mudanças climáticas”, afirma.
O bom planejamento urbano, segundo a professora, é a chave para equilibrar crescimento populacional e preservação ambiental. “Com inteligência e sensibilidade, é possível integrar a natureza ao cotidiano urbano, tornando nossas cidades mais sustentáveis e humanas”, conclui.