Uma parceria financeira robusta entre Buenos Aires e Washington ganhou status oficial nesta segunda (20). A formalização de uma linha de swap no valor de US$ 20 bilhões foi confirmada pelas autoridades monetárias dos dois países, permitindo trocas de moeda em momentos de necessidade. O timing da operação não é casual: as eleições legislativas argentinas acontecem no próximo domingo (26), e o governo de Javier Milei busca demonstrar força econômica às vésperas do pleito.

Anúncio prévio e contexto eleitoral

A operação havia sido sinalizada no início de outubro, quando fontes americanas indicaram disposição em auxiliar a economia do país vizinho. Nesse sentido, o comunicado oficial destaca que “este acordo faz parte de uma estratégia abrangente que fortalece a política monetária da Argentina e fortalece a capacidade do Banco Central de responder a condições que possam levar a episódios de volatilidade nos mercados de câmbio e de capitais”.

Encontro presidencial e apoio condicionado

A assinatura do pacto ocorreu poucos dias depois do encontro entre Milei e Trump na Casa Branca. Durante a visita, o presidente americano deixou explícita a relação entre o suporte financeiro e o desempenho eleitoral do líder argentino. Por isso, “se ele não vencer, estamos perdidos”, disse Trump a repórteres na última terça-feira (14).

Blindagem contra turbulências

O instrumento permite que a Argentina obtenha dólares rapidamente em cenários de pressão sobre o peso, protegendo as reservas internacionais e evitando desvalorizações abruptas. Desse modo, a linha funciona como um colchão de segurança para o Banco Central argentino em momentos de instabilidade nos mercados.