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O Brasil registrou um número recorde de notificações de acidentes com escorpiões em 2023, com 202.324 casos reportados, um aumento de 20.243 casos em relação ao ano anterior. Pela primeira vez, o total de ocorrências superou a marca de 200 mil, conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
O aumento também se refletiu no número de mortes por picadas de escorpião, que subiu de 92 em 2022 para 134 em 2023, ultrapassando pela primeira vez os óbitos causados por picadas de serpente, que totalizaram 133 no mesmo período.
A maioria das ocorrências foi registrada na Região Sudeste, com 93.369 notificações, seguida pelo Nordeste (77.539), Centro-Oeste (16.759), Sul (7.573) e Norte (7.084). São Paulo lidera entre os estados com 48.651 casos, seguido por Minas Gerais (38.827) e Bahia (22.614).
Predominantemente, as vítimas de picadas de escorpião são jovens adultos entre 20 e 29 anos, seguidos pelas faixas de 40 a 49 e 30 a 39 anos. O perfil é também marcado pela predominância de pessoas pardas, que representam 53% das vítimas. Mais de 65% dos acidentes ocorrem em áreas urbanas.
A maioria das picadas ocorre no pé (22,56%), seguido pelos dedos das mãos (22,28%) e nas mãos (18,32%). Segundo o ministério, 89% dos acidentes são classificados como leves, enquanto 5,99% são moderados e 0,77% graves.
A taxa de letalidade é amplamente afetada pelo tempo entre o acidente e o atendimento médico. Pacientes atendidos em até 12 horas após o acidente apresentam um índice de letalidade inferior a 10%, enquanto em casos atendidos após 24 horas, o índice aumenta para 40%.
As vítimas apresentam sintomas como dor intensa (85,69%), inchaço (64,55%) e equimoses (10,9%), com alguns casos graves resultando em necrose.