A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) autorizou nesta terça-feira (5) o Banco do Nordeste a firmar um termo aditivo com a concessionária Transnordestina Logística S.A. (TLSA) para a conclusão da ferrovia Transnordestina. Esse aditivo possibilitará um financiamento de R$ 3,6 bilhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), fortalecendo o compromisso do Governo Federal em finalizar a obra até 2027.

A Transnordestina é um dos maiores projetos de infraestrutura em andamento no Brasil, com investimentos acumulados de R$ 7,5 bilhões desde o início de sua construção. Segundo a TLSA, serão necessários mais R$ 7 bilhões para concluir a ferrovia, que ligará Eliseu Martins (PI) ao Complexo Portuário de Pecém (CE). Além do aporte do FDNE, a concessionária investirá R$ 2 bilhões em recursos próprios e buscará mais R$ 1,5 bilhão de outras fontes.

Danilo Cabral, superintendente da Sudene, destacou a importância do projeto para o transporte ferroviário e o desenvolvimento regional: “A Transnordestina vai conectar cadeias produtivas locais aos portos de Pecém e Suape, gerando emprego e fortalecendo a economia do Nordeste”.

As obras se concentram nos trechos entre Missão Velha (CE) e Pecém (CE), além da conexão entre Eliseu Martins (PI) e Trindade (PE). Em 2028, todos os trechos devem estar operacionais, e, segundo o cronograma do FDNE, R$ 1 bilhão será desembolsado anualmente de 2024 a 2026, com uma última parcela de R$ 600 milhões em 2027.

A ferrovia, que deve transportar minérios, fertilizantes, grãos e combustíveis, terá um impacto direto na redução dos custos logísticos, beneficiando 53 municípios ao longo de seus 1.200 km de extensão. O trecho Salgueiro-Suape, inicialmente parte do projeto, foi retirado da concessão da TLSA e está agora sob a responsabilidade da Infra S.A., que em setembro assinou contrato para o desenvolvimento do projeto executivo do segmento pernambucano.

A Sudene considera a Transnordestina um projeto prioritário dentro do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), essencial para o crescimento socioeconômico do Nordeste.