Economia
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A contagem regressiva para o Natal acelera e, com ela, a corrida aos shoppings e ao comércio. Um levantamento nacional revela que o hábito de deixar as compras de presentes para a última hora ainda é uma realidade para 12,2 milhões de brasileiros, que pretendem adquirir os itens apenas na semana que antecede a data comemorativa.
A pesquisa, realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), ouviu consumidores nas 27 capitais do país e traçou o perfil e as motivações desse grupo.
A principal razão para adiar as compras é a expectativa por preços mais baixos. Segundo o estudo, 38% dos entrevistados que compram na última hora esperam encontrar promoções e liquidações. Outros motivos relevantes são:
Embora a busca por economia seja o principal motor dos “atrasados”, a estratégia pode não ser tão vantajosa. O presidente da CNDL, José César da Costa, alerta que a pressa e as circunstâncias podem comprometer o orçamento.
“Fatores como o aumento do fluxo de pessoas, o prazo apertado e a redução no estoque acabam dificultando a pesquisa de preços e a negociação”, explica. Segundo ele, isso aumenta o risco de compras por impulso e da adesão a parcelamentos longos, que podem desestabilizar as finanças e gerar endividamento nos meses seguintes.
A recomendação para quem vai às compras na reta final é clara: defina um limite rígido de gastos e resista à pressão. “Planejar com antecedência e pesquisar devidamente continuam sendo as estratégias mais eficazes para garantir boas compras e preservar a saúde financeira”, conclui o presidente da CNDL.