O domingo (7) ficará marcado como um dos dias mais difíceis da história recente do futebol cearense. Ceará e Fortaleza caíram simultaneamente para a segunda divisão nacional, vítimas de derrotas na rodada final que selaram o destino de ambos os clubes. O cenário inédito de rebaixamento duplo representa um golpe duro para o estado, que perde suas duas principais forças na elite do futebol brasileiro e terá pela frente um processo de reconstrução.

Alvinegro desperdiça vantagem inicial e sucumbe ao Palmeiras

Jogando diante de sua torcida no Castelão, o Alvinegro começou o confronto de forma promissora. Aos 11 minutos da etapa inicial, Pedro Raul balançou as redes após lance trabalhado em bola parada cobrada por Lucas Mugni, com desvio de Willian Machado. O estádio explodiu em comemoração, mas a alegria teve vida curta. Ainda na primeira etapa, Facundo Torres restabeleceu a igualdade para o Verdão.

Na volta do intervalo, o time paulista dominou as ações: Ramón Sosa virou o placar em cobrança de falta e Flaco López definiu o 3 a 1 que condenou o Vovô à degola pela primeira vez em toda a competição.

Tricolor não resiste ao Botafogo e confirma descenso

Simultaneamente, no Estádio Nilton Santos, o Leão do Pici lutava por sua permanência na elite. Mesmo com possibilidades matemáticas de escapar, a equipe não conseguiu superar o Glorioso, que aplicou 4 a 2 nos visitantes.

O ano conturbado do clube, repleto de trocas no comando técnico e oscilações de desempenho, culminou no pior cenário possível. A derrota na capital fluminense encerrou um ciclo de seis temporadas consecutivas na primeira divisão, período em que o time tricolor havia reconquistado relevância no cenário nacional.

Clubes precisam se reinventar para 2026

A queda simultânea dos dois gigantes cearenses inaugura uma fase de urgente reestruturação. O Alvinegro amarga a descida após passar 37 rodadas fora da zona perigosa, caindo justamente no momento decisivo. Ambas as equipes enfrentaram temporadas marcadas por fragilidade no setor ofensivo e instabilidade nos resultados. Agora, as diretorias precisam trabalhar rapidamente na reformulação dos elencos, no equilíbrio das contas e na reconquista da confiança de torcidas que assistem a um momento histórico e doloroso do futebol estadual.