Poder
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Após um longo e intenso debate, a Câmara Municipal aprovou, nesta quarta-feira (26), o novo Plano Diretor de Fortaleza. A principal legislação de ordenamento da cidade, que não era revisada há quase 16 anos, recebeu 36 votos favoráveis e 6 contrários. A aprovação, no entanto, foi marcada por protestos e críticas da oposição a uma emenda que alterou zonas de proteção ambiental e de interesse social.
A principal polêmica girou em torno de uma emenda, assinada por 34 vereadores, que excluiu do mapa de proteção diversas áreas, incluindo trechos de dunas na Praia do Futuro, áreas de recursos hídricos e 35 perímetros destinados a moradias de interesse social (ZEIS). Vereadores da oposição, como Gabriel Aguiar (Psol), criticaram duramente a mudança. “As últimas áreas verdes de Fortaleza estão sendo perdidas”, protestou.
A base do governo, por sua vez, defendeu a aprovação como um avanço necessário. O relator, Bruno Mesquita (PSD), afirmou que o novo plano garante ganhos na proteção ambiental, com um aumento de 37% nas áreas de Macrozoneamento Ambiental em comparação com 2009. “O Plano Diretor não está para servir só à classe econômica e aos movimentos sociais, mas à toda cidade”, disse. O vereador Gardel Rolim (PDT) lembrou que o processo foi democrático e que, no balanço geral, “é um avanço considerável”.