Economia
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O Banco do Brasil reportou uma queda acentuada em seus resultados do terceiro trimestre. Pressionado por novas regras contábeis e pelo aumento da inadimplência, o lucro líquido ajustado do Banco do Brasil somou R$ 3,785 bilhões entre julho e setembro, um recuo de 60,2% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Dois fatores principais explicam a queda. O primeiro é o aumento do índice de inadimplência (atrasos acima de 90 dias), que subiu para 4,93%, influenciado principalmente pelo agronegócio e pela linha de cartões de crédito. O segundo fator foi a entrada em vigor de novas regras do Conselho Monetário Nacional (CMN), que alteraram a forma como o banco provisiona perdas e reconhece receitas de operações em atraso.
Apesar do cenário desafiador, o banco destacou que a geração de receitas com clientes segue crescendo, impulsionada por produtos como o Crédito do Trabalhador. Mesmo assim, com a queda no resultado, o BB revisou suas projeções para 2025. A estimativa de lucro líquido ajustado para o ano, que antes era de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões, agora fica entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões. A carteira de crédito total do banco encolheu 1,2% no trimestre, para R$ 1,279 trilhão, puxada pela retração no crédito para empresas.