Economia
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A inflação oficial do país deu um respiro para o bolso do consumidor. O IPCA de outubro registrou alta de apenas 0,09%, a menor variação para o mês desde 1998, segundo dados divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi fortemente influenciado pela queda no preço da energia elétrica.
O grande vilão dos meses anteriores se tornou o herói de outubro. A conta de luz residencial recuou 2,39%, impacto direto da mudança na bandeira tarifária, que ficou mais barata. Segundo o IBGE, sem esse alívio, a inflação do mês teria sido de 0,20%. Outra boa notícia veio do grupo de alimentação e bebidas, que tem o maior peso no orçamento das famílias e ficou praticamente estável (0,01%), após quatro meses de quedas.
Apesar do bom resultado mensal, o cenário ainda exige cautela. No acumulado de 12 meses, o IPCA recuou para 4,68%, saindo da casa dos 5% pela primeira vez em oito meses. No entanto, o índice continua acima do teto da meta do governo, que é de 4,5%. Essa pressão é um dos principais motivos para o Banco Central manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, o que encarece o crédito e freia a atividade econômica.