Ceará
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Um dado alarmante revela um grande desafio para o saneamento da capital cearense: mais de 34 mil imóveis na cidade dispõem de rede de esgotamento sanitário em Fortaleza, mas ainda não estão interligados ao sistema.
O alerta é da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), que reforça a necessidade de os moradores conectarem suas residências à infraestrutura já concluída, uma medida que é obrigatória por lei e essencial para a saúde pública.
A falta de conexão gera uma lacuna significativa: embora a cobertura da rede de esgoto na capital seja de 73,04%, o índice de atendimento efetivo cai para 65,89%. Segundo a coordenadora de Interação Social da Cagece, Sâmia Régia, a ligação correta ao sistema gera um impacto positivo direto na saúde, com a redução de doenças, na valorização dos imóveis e no desenvolvimento da cidade.
Além disso, a não adesão causa um prejuízo de cerca de R$ 3 milhões por mês no faturamento da companhia, recursos que poderiam ser revertidos em novos investimentos.
Para reverter esse quadro, a Cagece conta com a parceria da Ambiental Ceará, que realiza ações de conscientização nos bairros. As equipes percorrem as ruas em formato de blitz, incentivando os moradores a se conectarem à rede de coleta e tratamento. “Esse trabalho só tem sentido se a população entender a importância de interligar os imóveis ao sistema”, reforça Marcos Duque, gerente da Ambiental Ceará. A adequação é uma obrigação legal e o descumprimento pode acarretar multas. O objetivo é atingir a meta do Marco Legal do Saneamento, que prevê 90% de atendimento até 2033.