Poder
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tiveram uma videoconferência de 30 minutos nesta segunda-feira (6). Durante o encontro, Lula solicitou a retirada da sobretaxa de 50% imposta pelo governo norte-americano a produtos brasileiros e defendeu o fortalecimento das relações bilaterais.
De acordo com o Palácio do Planalto, a ligação partiu de uma iniciativa de Trump, que propôs manter uma comunicação direta com o Brasil. Ambos relembraram o encontro em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, onde, segundo comunicado oficial, houve “boa química” e diálogo produtivo entre os líderes.
Na conversa, Lula destacou que o Brasil é um dos três países do G20 com os quais os Estados Unidos têm superávit comercial em bens e serviços. O presidente afirmou que o diálogo representa “uma oportunidade para restaurar as relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente”.
Além da retirada da tarifa de 50% sobre produtos nacionais, o líder brasileiro também solicitou a revisão das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras após o aumento das tensões comerciais.
Segundo o Planalto, Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às tratativas com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou a videoconferência entre os dois chefes de Estado e classificou o diálogo como “positivo do ponto de vista econômico”.
Haddad destacou que a retomada das conversas abre caminho para acordos comerciais estratégicos e pode reduzir barreiras tarifárias que afetam exportações brasileiras de setores como agronegócio, energia e manufaturados.
Lula e Trump concordaram em realizar um encontro presencial em breve. O presidente brasileiro sugeriu que o diálogo ocorra durante a Cúpula da Asean, na Malásia, ainda neste semestre.
Durante a videoconferência, Lula reiterou o convite a Trump para participar da COP30, que será sediada em Belém (PA) em 2026, e também se dispôs a visitar Washington para aprofundar as negociações.
De acordo com o governo, o objetivo é restabelecer um canal direto de cooperação econômica e diplomática, com ênfase em comércio, energia limpa e segurança alimentar.