Economia
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As taxas médias de juros bancários tiveram alta em agosto, segundo o Banco Central (BC). O destaque foi o avanço no cartão de crédito rotativo, que cresceu 5,3 pontos percentuais no mês e alcançou 451,5% ao ano, uma das modalidades mais caras do mercado.
Nos últimos 12 meses, os juros do rotativo aumentaram 24,6 pontos percentuais para as famílias. O crédito rotativo é acionado quando o consumidor paga menos que o valor integral da fatura do cartão, contraindo automaticamente um empréstimo. Após 30 dias, a dívida passa a ser parcelada pelo banco.
Nesse caso, a modalidade de cartão parcelado apresentou queda de 2,7 pontos percentuais no mês, chegando a 180,7% ao ano.
A taxa média de juros do crédito livre para famílias subiu 0,5 ponto percentual em agosto, acumulando alta de 6,6 pontos percentuais em 12 meses e atingindo 58,4% ao ano.
No caso das empresas, os juros médios em novas contratações aumentaram 0,2 ponto percentual no mês e 4,2 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 25,2% ao ano.
O destaque foi a elevação de 9,6 pontos percentuais na taxa de capital de giro com prazo até 365 dias, que chegou a 38% ao ano.
No crédito direcionado, destinado a habitação, infraestrutura, agropecuária e microcrédito, as taxas ficaram em 11,1% ao ano para pessoas físicas e 13,6% para empresas.
Já o spread bancário, que mede a diferença entre o custo de captação e os juros cobrados, avançou 0,3 ponto percentual no mês e 2,2 pontos percentuais em 12 meses.
Em agosto, as concessões de crédito somaram R$ 633,8 bilhões. O estoque total de empréstimos no Sistema Financeiro Nacional (SFN) chegou a R$ 6,757 trilhões, aumento de 0,5% em relação a julho.
O crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$ 19,7 trilhões, crescimento de 11,7% em 12 meses.
A inadimplência ficou em 3,9%, sendo 4,8% nas operações com famílias e 2,6% nas operações com empresas. O endividamento das famílias ficou em 48,6% da renda em julho, enquanto o comprometimento da renda atingiu 27,9%.