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EUA revogam visto de Jorge Messias e ampliam retaliação contra autoridades brasileiras

Advogado-geral da União classificou a medida como “agressão injusta”; ação faz parte do pacote de sanções do governo Donald Trump.
visto Jorge Messias
A revogação do visto de Messias integra um pacote de retaliações após a condenação de Jair Bolsonaro. (Foto: José Cruz)

O governo dos Estados Unidos decidiu revogar o visto do advogado-geral da União, Jorge Messias, informou a Agência Reuters nesta segunda-feira (22). De acordo com uma autoridade de alto escalão da gestão Donald Trump, além de Messias, outras cinco autoridades atuais e ex-integrantes do Judiciário brasileiro também terão os vistos suspensos, mas os nomes não foram divulgados.

Governo dos EUA cancela visto de Jorge Messias

Em nota, Messias classificou a medida como uma “agressão injusta”, mas afirmou que seguirá no cargo. “Continuarei a desempenhar com vigor e consciência as minhas funções em nome e em favor do povo brasileiro”, declarou.

STF também foi alvo de restrições

O governo norte-americano já havia revogado os vistos de oito ministros do Supremo Tribunal Federal (STF): Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Flávio Dino, Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Além disso, outros membros do governo brasileiro também foram atingidos pelas restrições.

Segundo Messias, as medidas impostas pelos EUA contra autoridades e familiares representam um “desarrazoado conjunto de ações unilaterais”, incompatíveis com a tradição de 200 anos de relações diplomáticas e econômicas entre os dois países.

Pacote de retaliações de Trump

As medidas integram um pacote de retaliações políticas e econômicas adotadas por Trump em resposta à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de aliados por tentativa de golpe de Estado.

Entre as ações, está a taxação de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA. O governo norte-americano também justifica as medidas em razão de decisões do Judiciário que, segundo Trump, afetariam os interesses de big techs no Brasil.

Lei Magnitsky também foi aplicada

Na mesma segunda-feira (22), o governo dos EUA também ampliou as sanções da Lei Magnitsky para atingir Viviane Barci de Moraes, esposa de Alexandre de Moraes, e o Instituto Lex, ligado à família do ministro. Moraes já havia sido incluído na lista em 30 de julho.

A legislação prevê:

  • bloqueio de contas bancárias e ativos nos EUA,

  • proibição de transações financeiras com empresas americanas,

  • impedimento de entrada no território norte-americano.

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