Economia
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O Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou nesta terça-feira (16) mais uma reunião para decidir o futuro da taxa Selic, atualmente em 15% ao ano. A definição será anunciada na quarta-feira (17). O encontro ocorre a cada 45 dias e é formado pelo presidente do Banco Central (BC) e seus diretores.
Na última reunião, realizada em julho, o comitê interrompeu o ciclo de alta da taxa, citando um cenário externo adverso, principalmente devido às políticas fiscais e comerciais dos Estados Unidos, e a inflação ainda acima da meta.
Durante os encontros, os membros do Copom recebem análises técnicas sobre a evolução da economia brasileira e mundial, condições de liquidez, comportamento dos mercados e cenários inflacionários. A decisão considera também as contas públicas, a atividade econômica e os riscos associados.
As atas detalhando os votos de cada integrante são divulgadas até quatro dias úteis após o término da reunião.
A Selic é o principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação medida pelo IPCA. Quando há aumento da taxa, o objetivo é reduzir a demanda aquecida, encarecendo o crédito e incentivando a poupança. Já a redução tende a baratear o crédito, estimular o consumo e a produção, mas pode reduzir o controle sobre os preços.
Embora seja referência, os bancos consideram outros fatores ao definir juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, margem de lucro e despesas administrativas.
Economistas projetam que o Copom manterá a Selic em 15%, reforçando a estratégia de estabilidade para conduzir a inflação à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).