Economia
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A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), registrou deflação de 0,11% no mês de agosto de 2025, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a primeira queda mensal desde agosto de 2024, quando o índice ficou em -0,02%, e a mais intensa desde setembro de 2022, quando o IPCA recuou 0,29%.
Com o resultado, o acumulado em 12 meses chega a 5,13%, abaixo dos 5,23% registrados nos 12 meses encerrados em julho. No entanto, o índice permanece acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.
O principal fator para o resultado negativo foi a queda de 4,21% na conta de luz, que sozinha impactou o IPCA em -0,17 ponto percentual. O grupo habitação, que inclui energia elétrica, recuou 0,90% no mês.
Essa redução foi motivada pelo chamado Bônus de Itaipu, um desconto na tarifa que beneficiou cerca de 80,8 milhões de consumidores. A bonificação compensou a cobrança da bandeira vermelha 2, que normalmente adiciona R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos.
Outro grupo que contribuiu para a deflação foi alimentação e bebidas, com queda de 0,46%, mantendo a trajetória de recuo pelo terceiro mês consecutivo. O grupo transportes também apresentou deflação, de 0,27%.
Desde 2025, o Brasil adota um novo sistema de avaliação da meta de inflação, considerando o desempenho do IPCA nos últimos 12 meses em qualquer período do ano. A meta central é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, entre 1,5% e 4,5%.