Economia
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O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) passa a contar, na próxima terça-feira (9), com o primeiro terminal multimodal de cargas frias do Ceará, inaugurado pela Fracht Log, braço do grupo suíço Fracht AG. O investimento de R$ 105 milhões fortalece a competitividade das exportações brasileiras, especialmente em meio aos impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos.
O equipamento chega em um momento crucial, após o Governo do Ceará decretar, na última quinta-feira (4), situação de emergência devido à alta das tarifas americanas. Setores como pescados, crustáceos, moluscos, hortícolas e frutas devem ser diretamente beneficiados pela nova estrutura logística.
O terminal da Fracht Log tem capacidade total de 174 mil toneladas por ano, sendo 60 mil toneladas/ano destinadas a cargas resfriadas e congeladas. A área construída ocupa 17 mil m², com 9.800 m² de armazéns secos e frigoríficos e 7.200 m² para setores administrativos. Além disso, há 64 mil m² para cargas a céu aberto e 26 mil m² reservados para manobra, estacionamento e docagem.
A infraestrutura funcionará em regime 24 horas por dia, sete dias por semana, equipada com três câmaras frigoríficas reversíveis e capacidade de 3,6 milhões de quilos de armazenagem simultânea. O espaço também oferece 12.500 posições pallet para cargas secas, totalizando 115,2 milhões de quilos de capacidade estática anual.
Um dos pontos de destaque é o uso de monitoramento remoto em tempo real, que permite aos clientes acompanhar temperaturas e condições de armazenagem por meio de softwares avançados e do sistema WMS (Warehouse Management System). A tecnologia garante rastreabilidade e transparência total em todas as etapas da logística.
Segundo Thiago Abreu, diretor-geral da Fracht Log, o Ceará é visto pelo grupo suíço como ponto estratégico para os negócios na América do Sul.
“Este terminal é um presente para a logística brasileira e um suporte essencial para exportadores que enfrentam os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos”, afirmou.
Na fase inicial, o terminal deve gerar 80 empregos diretos e cerca de 400 indiretos, fortalecendo a economia regional. Com a futura integração da Transnordestina, a estrutura ganhará ainda mais relevância ao conectar os modais rodoviário, ferroviário e marítimo.