Economia
Economia
O Brasil registrou superávit de US$ 6,133 bilhões na balança comercial em agosto de 2025, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado, que representa alta de 35,8% em relação ao mesmo mês de 2024, ocorreu mesmo após o tarifaço dos Estados Unidos contra produtos brasileiros.
As exportações brasileiras somaram US$ 29,861 bilhões, alta de 3,9% na comparação com agosto de 2024. Já as importações recuaram 2%, totalizando US$ 23,728 bilhões.
O saldo positivo foi impulsionado pelo crescimento das vendas externas para parceiros estratégicos. As exportações para a China subiram 29,9%, para o México aumentaram 43,8% e para a Argentina cresceram 40,4%.
O desempenho positivo foi registrado apesar da retração nas vendas para os Estados Unidos, que caíram 18,5% em agosto. O déficit bilateral com os norte-americanos chegou a US$ 1,23 bilhão, o maior registrado em 2025.
Ainda assim, o Brasil conseguiu compensar a perda de mercado nos EUA ampliando exportações para outros destinos estratégicos.
De janeiro a agosto de 2025, as exportações brasileiras alcançaram US$ 227,6 bilhões, recorde da série histórica. As importações somaram US$ 184,8 bilhões, o que elevou a corrente de comércio para US$ 412,4 bilhões, também recorde para o período.
Na comparação com 2024, o volume de exportações cresceu 0,5% no acumulado do ano.
A China, principal parceiro comercial do Brasil, comprou US$ 9,60 bilhões em agosto, alta de 29,9%. Já as importações de produtos chineses recuaram 5,8%, totalizando US$ 5,54 bilhões.
Com isso, o superávit com a China atingiu US$ 4,06 bilhões no mês, e a corrente de comércio entre os dois países somou US$ 15,13 bilhões, crescimento de 14,1% em relação a 2024.