Economia
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Em julho de 2025, o custo da cesta básica em Fortaleza chegou a R$ 738,09, após registrar inflação de 0,41%. O valor corresponde a 106 horas e 58 minutos de trabalho de um assalariado que recebe o salário mínimo de R$ 1.518,00. Para uma família padrão, composta por dois adultos e duas crianças, o gasto mensal com alimentação básica alcançou R$ 2.214,27, segundo levantamento do DIEESE.
O estudo mostra que um trabalhador fortalezense remunerado pelo piso nacional comprometeu 52,56% do salário líquido apenas com a alimentação de uma pessoa adulta.
Dos 12 itens da cesta, seis tiveram aumento no mês. As maiores altas foram registradas no tomate (5,39%), no leite (1,21%) e no açúcar (1,19%). Entre os produtos que ficaram mais baratos estão o arroz (-4,59%), o feijão (-4,33%) e o café (-2,25%).
No acumulado, a cesta está 5,38% mais cara no semestre e 8,94% em 12 meses. O valor atual supera os R$ 700,44 de janeiro e os R$ 677,53 de julho de 2024. As maiores altas em um ano foram do café (71,86%), da carne (28,04%) e do óleo (21,81%), enquanto as principais quedas ficaram com arroz (-21,09%), farinha (-19,21%) e feijão (-17,72%).
Entre junho e julho de 2025, o custo da cesta básica caiu em 15 capitais e subiu em 12. As maiores reduções ocorreram em Florianópolis (-2,64%), Curitiba (-2,40%) e Rio de Janeiro (-2,33%). Já os maiores aumentos foram registrados em Recife (2,80%), Maceió (2,09%), Aracaju (2,02%) e João Pessoa (1,86%).
O maior valor foi em São Paulo (R$ 865,90), seguido por Florianópolis (R$ 844,89) e Porto Alegre (R$ 830,41). Os menores custos médios foram em Aracaju (R$ 568,52), Maceió (R$ 621,74) e Salvador (R$ 635,08).
Com base no custo da cesta mais cara, o DIEESE calculou que o salário mínimo necessário em julho deveria ter sido de R$ 7.274,43, o equivalente a 4,79 vezes o piso nacional. O tempo médio necessário para comprar a cesta nas 27 capitais foi de 103 horas e 40 minutos, levemente abaixo do mês anterior.
