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Zelensky discute com Trump acordo de paz para a Ucrânia em Washington

Líder ucraniano participa de reuniões com Donald Trump e líderes europeus sobre garantias de segurança e concessões territoriais.
Zelensky discute com Trump
As conversas incluem garantias de segurança para Kiev. (Foto: Brian Snyder)

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, chegou a Washington neste domingo (17) para discutir com Donald Trump e líderes europeus um possível acordo de paz para a guerra na Ucrânia. As conversas incluem garantias de segurança para Kiev e também a possibilidade de concessões territoriais.

O encontro ocorre após a cúpula entre Trump e Vladimir Putin, realizada na sexta-feira (15) no Alasca, que terminou sem acordo de cessar-fogo. Na ocasião, Trump declarou que a Ucrânia poderia “acabar com a guerra de forma imediata” se aceitasse negociar, descartando temas como a Crimeia e a adesão de Kiev à Otan.

Garantias de segurança em debate

Zelensky classificou como “histórica” a decisão dos Estados Unidos de oferecer garantias de segurança semelhantes ao Artigo 5 da Otan, mas fora da aliança militar. O tema será central nas conversas desta segunda-feira (18), que devem se estender até as 19h de Brasília.

Segundo o presidente francês Emmanuel Macron, a União Europeia busca esclarecer “até que ponto” os Estados Unidos pretendem sustentar tais garantias. O enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, afirmou que a Rússia teria feito “algumas concessões” em relação a territórios estratégicos, mas exige que a Ucrânia abandone o Donbass, incluindo Donetsk e Luhansk.

Concessões territoriais e pressões diplomáticas

A Rússia também sugeriu congelar a linha de frente em Kherson e Zaporizhzhia. Apesar das pressões, Zelensky rejeita ceder territórios, embora tenha admitido que o tema pode ser discutido em uma futura cúpula trilateral com Trump e Putin.

Na Europa, cresce a preocupação de que Washington pressione Kiev a aceitar as condições russas. A recepção oficial de Putin nos EUA, considerada uma vitória diplomática para o Kremlin, reforçou tais receios.

Participação dos líderes europeus

Além de Zelensky e Trump, participam das reuniões a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, os chefes de governo da França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Finlândia, além do secretário-geral da Otan, Mark Rutte.

A China também se posicionou, pedindo que “todas as partes” cheguem a um acordo “justo, duradouro e vinculante”. Enquanto isso, os combates seguem no leste da Ucrânia. Nesta segunda-feira, um ataque russo com drones matou cinco pessoas em Kharkiv, incluindo duas crianças.

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