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Mercado financeiro reduz previsão de inflação para 2025, aponta Boletim Focus

Estimativa para o IPCA caiu para 5,07%, mas segue acima do teto da meta. Selic permanece em 15% ao ano, e dólar deve fechar 2025 a R$ 5,60.
Mercado financeiro reduz previsão de inflação para 2025
Boletim Focus reduziu a previsão de inflação para 5,07% em 2025, décima queda seguida. (Foto: Rafa Neddermeyer)

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, caiu de 5,09% para 5,07% em 2025. O dado foi divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Boletim Focus, relatório semanal do Banco Central (BC) que reúne expectativas de instituições financeiras. Esta é a décima redução consecutiva na projeção do índice.

Inflação segue acima do teto da meta

Apesar da queda, a previsão permanece acima do teto da meta de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central para 2025 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em junho, a inflação oficial ficou em 0,24%, segundo o IBGE, influenciada pela queda nos preços dos alimentos. No entanto, o IPCA acumulado em 12 meses atingiu 5,35%, configurando o sexto mês seguido de descumprimento do teto da meta. Pelo novo regime, quando há estouro, o presidente do BC precisa justificar as razões em carta aberta ao ministro da Fazenda.

Selic permanece em 15% e deve cair só a partir de 2026

Para controlar a inflação, o BC mantém a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, após sete aumentos consecutivos. O Copom interrompeu o ciclo de alta na última reunião, mas sinalizou que pode voltar a elevar os juros caso seja necessário.

O mercado prevê que a Selic encerre 2025 no mesmo patamar atual, recuando para 12,5% em 2026. Para 2027 e 2028, a expectativa é de novas quedas, chegando a 10,5% e 10%, respectivamente.

Projeções para PIB e câmbio permanecem estáveis

A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foi mantida em 2,23%. Para 2026, a projeção caiu ligeiramente para 1,88%, enquanto as estimativas para 2027 e 2028 são de crescimento de 1,95% e 2%, respectivamente.

Impulsionada pela agropecuária, a economia brasileira cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, após um avanço de 3,4% em 2024, o maior desde 2021.

No câmbio, a previsão do dólar para o fim de 2025 é de R$ 5,60, com leve alta para R$ 5,70 no encerramento de 2026.

Cenário econômico segue desafiador

Com inflação acima do limite, juros elevados e cenário internacional incerto, o governo mantém atenção às negociações comerciais e políticas que afetam o desempenho econômico. O Copom ressaltou que a política comercial dos Estados Unidos adiciona riscos aos preços, fator que pode influenciar futuras decisões monetárias.

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