Em respeito a todos os cearenses, repudio a unilateralidade do Governo dos EUA, cujo resultado será de perda de empregos, desmonte de cadeias produtivas e desconstrução de setores que demoraram anos para montar a logística necessária a fim de estruturar suas operações.
O estado do Ceará tem surpreendido o Brasil com convergências que construíram a melhor educação pública do país, além de um turismo competitivo, uma infraestutura cuja evolução é inegável, um debate democrático civilizado, uma integração entre poder público e iniciativa privada pautada no republicanismo, o surgimento de líderes nacionais e outros frutos que somente podem nascer em terras que priorizam a vontade coletiva em detrimento da pessoal.
Atitudes que se refletem em um mercado saudável e pujante, agregador e voltado para nossas necessidades de crescimento, só são possíveis em ambiente de paz, inclusive comercial. Porém o Brasil, exímio e inquestionável defensor do multilateralismo, é penalizado por um tarifaço em virtude do voluntarismo do Presidente americano que, motivado por razões incompreensíveis sanciona o país, atingindo de forma cruel um estado pobre que luta há décadas para entregar o melhor para seu povo.
Relações diplomáticas devem ser fundamentadas em diálogo e técnica. Jamais na chantagem e opressão. O Ceará é parte de uma nação lutadora, de uma brava gente, com separação entre poderes, com história de superação e não baixará a cabeça jamais para a injustiça, o autoritarismo e os ataques a sua soberania e sua gente.
Portanto, somo minhas forças ao Estado, à União, ao setor produtivo e a diversas instituições, para defender os setores mais atingidos, a exemplo de pescados, castanhas de caju, água de côco, cera de carnaúba, couros e calçados, para encontrar soluções. Porque não aceitamos ameaças. Nunca.