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EUA enviam fuzileiros navais a Los Angeles em meio a protestos

Governo evita, por enquanto, invocar Lei da Insurreição, mas mobilização levanta críticas de líderes democratas.
A medida foi anunciada pelo Comando Norte das Forças Armadas dos EUA. (Foto: Mike Blake)

O governo dos Estados Unidos vai enviar cerca de 700 fuzileiros navais para Los Angeles, como parte da resposta à onda de protestos contra as políticas migratórias do presidente Donald Trump. A medida foi anunciada pelo Comando Norte das Forças Armadas, que justificou o envio como forma de proteger propriedades e pessoal federais até que mais tropas da Guarda Nacional cheguem à cidade.

Segundo uma autoridade americana, não foi invocada a Lei da Insurreição, o que impede que os militares atuem diretamente em ações de policiamento civil. Por isso, a atuação dos fuzileiros será restrita à proteção de estruturas federais.

Protestos e tensões políticas

A mobilização ocorre após protestos que se intensificaram no sul da Califórnia, em especial em Los Angeles, em repúdio às batidas de imigração promovidas pelo governo federal. Trump justificou a mobilização afirmando que queria evitar que a violência saísse do controle.

O envio das tropas é considerado por democratas como uma escalada desnecessária. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, e a prefeita de Los Angeles, Karen Bass, criticaram a medida. Newsom chamou a ameaça de prisão feita por aliados de Trump de “passo inequívoco em direção ao autoritarismo”, enquanto Bass alertou para o risco de mais caos causado pela presença militar.

Disputa judicial e impasse político

O governo da Califórnia anunciou que está tomando medidas legais para bloquear o envio da Guarda Nacional. Enquanto isso, a rede social X (ex-Twitter) também recorreu ao Supremo Tribunal Federal americano para derrubar decisões judiciais que envolvem bloqueios de perfis de políticos, em outra frente de tensões entre Judiciário e Executivo.

Os protestos em Los Angeles e em outras cidades, como Chicago, Nova York e San Francisco, continuaram nesta segunda-feira (9), com centenas de manifestantes marchando e criticando as políticas migratórias do governo Trump, que prometeu deportações em massa e um bloqueio na fronteira com o México.

A administração Trump também busca apoio para um novo projeto de lei que prevê aumento de gastos militares, cortes em programas sociais como o Medicaid, além da redução de impostos. A proposta, no entanto, encontra resistência entre conservadores fiscais, que alertam para o impacto no déficit orçamentário.

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