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Marinha de Israel intercepta navio com ajuda humanitária rumo a Gaza

Entre os ativistas a bordo estavam Greta Thunberg e o brasileiro Thiago Ávila; Israel acusa grupo de tentativa de provocação midiática.
O Madleen transportava ajuda humanitária para Gaza com ativistas internacionais. (Foto: Reprodução)

A Marinha de Israel interceptou o navio Madleen, que transportava ajuda humanitária para Gaza e levava a bordo ativistas internacionais, incluindo a sueca Greta Thunberg e a eurodeputada Rima Hassan. A embarcação foi desviada para o porto de Ashdod, no sul de Israel, onde permanece sob custódia.

Reações dos envolvidos e governos

Os ativistas afirmam ter sido raptados em águas internacionais e pediram apoio às autoridades de seus países. Em vídeo pré-gravado divulgado após a interceptação, Greta Thunberg afirmou: “Se virem este vídeo, fomos interceptados e raptados em águas internacionais.” A gravação foi publicada pela Coligação da Flotilha da Liberdade, que organizou a missão e relatou ter perdido contato com a tripulação ainda no domingo (6).

Israel, por sua vez, classificou a ação como uma tentativa de violação do bloqueio marítimo imposto à Faixa de Gaza. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou os ativistas de encenarem uma “provocação midiática”, afirmando que o objetivo da operação seria gerar publicidade. O ministro da Defesa, Israel Katz, reforçou que “o Estado de Israel não permitirá a quebra do bloqueio marítimo que impede o envio de armas ao Hamas”.

Condenações internacionais

A operação gerou forte reação internacional. O Irã classificou o episódio como um ato de pirataria e a Turquia chamou a ação de ataque odioso e violação do direito internacional. A França anunciou que está atuando para garantir o retorno de seis cidadãos franceses que estavam a bordo. Além de Greta Thunberg, o navio levava ativistas da Alemanha, Brasil, Turquia, Suécia, Espanha e Holanda.

Contexto humanitário em Gaza

O bloqueio imposto por Israel tem restringido severamente o envio de bens essenciais à população de Gaza, onde a situação humanitária é considerada crítica. Ataques nas imediações dos centros de distribuição têm aumentado, dificultando o acesso da população à ajuda disponível.

A missão do navio Madleen partiu da Itália no dia 1º de junho com o objetivo de “quebrar simbolicamente o bloqueio” e denunciar a crise humanitária em Gaza. O grupo afirma que todos os procedimentos foram pacíficos e que a ação israelense desrespeita normas internacionais de navegação.

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