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Internos de Aquiraz produzem e doam coelhos de crochê para crianças

Ação de Páscoa levou amigurumis ao Hospital Infantil Albert Sabin e reforçou papel da ressocialização no sistema penitenciário.
160 coelhos de crochê foram doados para crianças em tratamento no Hospital Albert Sabin. (Foto: Natasha Ribeiro)

Em uma iniciativa marcada por solidariedade e ressocialização, internos da Unidade Prisional de Aquiraz (UP-Aquiraz) confeccionaram e doaram 160 coelhos de crochê para crianças em tratamento no Hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza. A ação especial em alusão à Páscoa ocorreu na segunda-feira (14) e teve o apoio de policiais penais e servidores da unidade.

Envolvimento voluntário dos internos

A produção dos amigurumis, técnica japonesa de crochê artesanal, envolveu 25 internos da unidade, que participam de oficinas de artesanato e capacitação profissional promovidas dentro do sistema prisional. Os materiais utilizados foram arrecadados com o apoio da equipe administrativa e de colaboradores da unidade, que se engajaram para viabilizar a ação beneficente.

A diretora da unidade, Ilana Ferro, destacou a importância do gesto. “Essa ação é uma prova concreta de que a ressocialização é possível — mãos que antes trilharam caminhos difíceis, hoje espalham alegria na Páscoa”, afirmou. A ideia partiu de um policial penal, pai de uma criança em tratamento hospitalar, que sensibilizou os colegas a se engajarem na proposta.

Humanização e reintegração social

A entrega dos brinquedos reforça a proposta de humanização do sistema penitenciário e mostra como o trabalho e a arte podem ser ferramentas de transformação e reintegração social. A diretora-geral do hospital, Fábia Linhares, agradeceu a ação: “A parceria com a SAP proporciona leveza e alegria a crianças que enfrentam momentos difíceis. Essas ações lúdicas permitem que elas se distraiam, sorriam e se sintam especiais”, disse.

Gratidão das famílias

A iniciativa também emocionou familiares das crianças internadas. Maria Rosilene, mãe de uma paciente, relatou: “Não conhecia o projeto, mas só de ver minha filha sorrir, já me sinto imensamente grata. Estamos enfrentando um momento difícil, mas tenho fé de que tudo vai passar. Que esse coelho traga um pouco de conforto e alegria nesses dias”.

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