Poder
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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniram na avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (6), em manifestação convocada por ele em defesa do projeto de lei que propõe anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. O protesto teve início por volta das 14h e contou com a presença de governadores, parlamentares e lideranças do PL, legenda de Bolsonaro.
Durante o discurso, Bolsonaro defendeu a cabeleireira Débora Rodrigues Santos, presa por participação nos atos e por ter pichado com batom a estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). Manifestantes exibiam batons como forma de apoio à militante, que já está em prisão domiciliar. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Débora é investigada por aderir ao movimento golpista, apagar provas e obstruir investigações.
Bolsonaro também comentou que, se estivesse no Brasil em 8 de janeiro, acredita que teria sido preso ou até assassinado. O ex-presidente estava nos Estados Unidos desde 30 de dezembro de 2022, quando deixou o país dois dias antes do fim de seu mandato.
O ato contou com a presença dos governadores Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Ratinho Junior (PR), Wilson Lima (AM), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT) e Jorginho Mello (SC), além de parlamentares e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também esteve no evento.
Além dos governadores, parlamentares cearenses também marcaram presença em São Paulo. O ex-candidato a prefeito de Fortaleza e deputado federal, André Fernandes (PL), os deputados estaduais Alcides Fernandes (PL) e Carmelo Neto (PL) e a vereadora Priscila Costa (PL) estiveram na manifestação para pedir anistia pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Bolsonaro está inelegível até 2030, após decisão da Justiça Eleitoral, que entendeu haver uso indevido do cargo em reunião com embaixadores estrangeiros em 2022, na qual o então presidente atacou o sistema eleitoral sem provas. Desde março, ele é réu por tentativa de golpe, ao lado de outras sete pessoas, conforme decisão unânime da Primeira Turma do STF, que acolheu denúncia da PGR. Agora, Bolsonaro responde a processo penal, que poderá resultar em condenação à prisão.