Israel lançou um ataque aéreo contra a Faixa de Gaza na madrugada desta terça-feira (18), resultando em mais de 400 mortes, segundo informações de hospitais do território palestino. A ofensiva ocorre em meio ao impasse nas negociações para a segunda fase da trégua entre Israel e o grupo Hamas, que estava em vigor há quase dois meses.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a decisão foi tomada devido à falta de avanços no diálogo. “Israel vai, de agora em diante, agir contra o Hamas com força militar crescente”, declarou o gabinete do premiê.

A Casa Branca informou que foi consultada pelo governo israelense antes do ataque, que interrompeu um período de relativa calma durante o Ramadan, mês sagrado para os muçulmanos.

Reféns em risco

A ofensiva levanta preocupações sobre o destino dos 12 reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas desde o início do conflito, em outubro de 2023. Izzat al-Risheq, um dos líderes do grupo, afirmou que a retomada dos combates representa uma “sentença de morte” para os sequestrados. Ele também acusou Netanyahu de agir para manter sua coalizão política no poder.

Bombardeios atingem civis

Na cidade de Rafah, uma residência foi atingida, resultando na morte de 17 pessoas da mesma família, incluindo 12 crianças e mulheres, de acordo com o hospital que recebeu os corpos.