Economia
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A Dívida Pública Federal (DPF) registrou queda de 0,87% em janeiro, passando de R$ 7,316 trilhões em dezembro para R$ 7,253 trilhões, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional na quarta-feira (26). A redução foi influenciada pelo alto volume de vencimentos de títulos prefixados e pela desvalorização do dólar, fatores que reduziram o endividamento do governo.
Motivos da queda
A Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi), que representa os títulos emitidos no mercado interno, caiu 0,23%, passando de R$ 6,967 trilhões para R$ 6,176 trilhões. Em janeiro, o Tesouro resgatou R$ 79,97 bilhões a mais do que emitiu, especialmente em papéis prefixados, cujos rendimentos são definidos antecipadamente. O impacto foi amenizado pela apropriação de juros, que adicionou R$ 63,97 bilhões ao estoque da dívida.
No mercado externo, a Dívida Pública Federal Externa (DPFe) recuou 13,57%, de R$ 349,19 bilhões para R$ 301,81 bilhões. O vencimento de aproximadamente US$ 5 bilhões em títulos externos e a queda de 5,85% no dólar foram os principais fatores responsáveis pela redução.
Reserva financeira e vencimentos
A reserva financeira do governo, conhecida como colchão da dívida pública, caiu de R$ 860 bilhões para R$ 744 bilhões em janeiro. Essa reserva cobre atualmente 6,72 meses de vencimentos da dívida. Nos próximos 12 meses, o governo terá que quitar R$ 1,221 trilhão em títulos.
Composição da dívida
O resgate de títulos prefixados impactou a composição da DPF, reduzindo sua participação de 21,99% para 20,15%. Os papéis atrelados à taxa Selic aumentaram de 46,29% para 47,98%, refletindo o interesse do mercado diante das recentes altas dos juros. Já os títulos indexados à inflação cresceram de 26,96% para 27,72%.
A participação da dívida atrelada ao câmbio caiu de 4,76% para 4,15%, mantendo-se dentro da faixa prevista pelo Plano Anual de Financiamento (PAF), que estipula um percentual entre 3% e 7% para o fim de 2025.
Perfil dos investidores
As instituições financeiras continuam como os principais detentores da dívida pública interna, com 29,1% do estoque. Em seguida, aparecem os fundos de pensão (24,4%) e os fundos de investimento (22,1%). A participação dos investidores estrangeiros caiu de 10,2% para 9,9%, após atingir 11,2% em novembro de 2024, maior nível desde 2018.