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O papa Francisco, internado desde o dia 14 de fevereiro no hospital Gemelli, em Roma, devido a uma pneumonia dupla, segue apresentando melhora progressiva, mas seu quadro ainda exige atenção. Segundo o médico Sergio Alfieri, que concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (21), o pontífice não corre risco de morte no momento, mas sua condição pode mudar.
“Se a pergunta for ‘ele está fora de perigo?’, a resposta é ‘não’. Mas se perguntarem se sua vida está em perigo neste momento, a resposta também é ‘não’”, afirmou Alfieri.
A pneumonia dupla é uma infecção grave que compromete os dois pulmões, causando inflamação e possíveis cicatrizes, dificultando a respiração. No caso de Francisco, a doença foi descrita pelo Vaticano como “complexa”, pois tem origem polimicrobiana, ou seja, causada por mais de um agente infeccioso.
O papa tem 88 anos e já enfrentou problemas respiratórios no passado. Quando jovem, sofreu de pleurisia e precisou retirar parte de um pulmão. Apesar do histórico de saúde frágil, a equipe médica descarta, até o momento, qualquer indício de sepse, condição grave em que a infecção se espalha pelo corpo.
Os médicos informaram que Francisco já consegue sair da cama e sentar-se em uma poltrona para realizar algumas tarefas, mas a previsão é de que permaneça hospitalizado pelo menos até a próxima semana.
Renúncia descartada
A internação prolongada do papa reacendeu especulações sobre uma possível renúncia, semelhante à decisão tomada por Bento 16 em 2013. No entanto, Francisco tem descartado essa possibilidade, classificando-a, em 2024, como uma “hipótese distante”.
A legislação da Igreja Católica exige que qualquer decisão de renúncia papal seja livre e adequadamente manifestada, sem pressões externas. No momento, o pontífice segue no cargo e mantém sua rotina de trabalho, apesar da recomendação para reduzir o ritmo das atividades.