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O preço do café atingiu o nível mais alto em 28 anos, impulsionado por uma combinação de fatores climáticos, aumento da demanda global e custos de produção elevados. Em janeiro de 2025, a saca de 60 kg do café arábica chegou a R$ 2.301,60, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
O Brasil, maior produtor e exportador mundial de café, enfrenta desafios que afetam tanto o setor agrícola quanto os consumidores. O professor de finanças da Wyden, Rodrigo Cavalcante, explica que secas e chuvas excessivas reduziram a oferta, resultando na elevação dos preços. Além disso, a desvalorização do real frente ao dólar encareceu insumos agrícolas como fertilizantes e defensivos, aumentando os custos de produção para os cafeicultores.
Outro fator determinante é o aumento nos preços do petróleo, que impacta o transporte e a logística do café. A entrada da China como novo mercado consumidor também contribui para a alta da demanda e a manutenção dos preços elevados.
As previsões para 2025 indicam que os preços devem permanecer altos até a colheita da nova safra, prevista para abril ou maio. A Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) aponta que os eventos climáticos e a crescente demanda global continuarão pressionando o mercado.
Cenário econômico e impacto no consumo
O Banco Mundial projeta um crescimento do PIB brasileiro de 2,2% em 2025, enquanto o governo estima 2,6%. A inflação prevista pelo governo é de 3,3%, mas o mercado financeiro prevê que a taxa pode ultrapassar a meta do Banco Central, de 3% com margem de 1,5 ponto percentual.
Diante desse cenário, o especialista recomenda que consumidores adotem estratégias para reduzir o impacto no orçamento. Buscar marcas alternativas, aproveitar promoções e considerar a compra a granel são algumas das alternativas. Além disso, adotar métodos de preparo que maximizem o rendimento pode ajudar na economia doméstica.