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Museu da Imagem e do Som promove residência artística sobre memória e direitos humanos

Iniciativa debate arte, política e resistência à ditadura militar no Brasil.
A exposição segue até o dia 14 de fevereiro. (Foto: MIS Ceará)

O Museu da Imagem e do Som do Ceará (MIS) deu início, na segunda-feira (3), à Residência Artística “Memória Presente: Arte contra o esquecimento”, promovida pelo coletivo cearense Aparecidos Políticos. A atividade, que segue até o dia 14 de fevereiro, reúne dez pesquisadores e artistas selecionados pelo Edital Frei Tito e prevê rodas de conversa abertas ao público.

A residência é um espaço de criação e intercâmbio de experiências para discutir arte, política, direito à memória e direitos humanos, focando no enfrentamento às marcas da ditadura militar no Brasil. A programação inclui debates sobre o papel da arte na preservação da memória e nas lutas por justiça social. O coletivo Aparecidos Políticos, que atua há 14 anos na defesa da memória e da verdade sobre a repressão no país, será responsável pela tutoria. O evento também contará com integrantes do Grupo de Arte Callejero (GAC), da Argentina, que há 27 anos trabalha com intervenções urbanas sobre direitos humanos.

Edital Frei Tito de Alencar

O Edital Frei Tito, lançado em 2025 pelo MIS Ceará, fomenta pesquisas artísticas sobre a ditadura civil-militar (1964-1985) e seus reflexos na atualidade. O objetivo é incentivar novas leituras sobre a resistência ao regime autoritário e promover a produção artística engajada com os direitos humanos. A iniciativa homenageia Frei Tito de Alencar, referência na luta por justiça social e memória histórica. Além disso, 60% das vagas foram reservadas para pessoas trans, negras, indígenas, quilombolas ou com deficiência, promovendo a diversidade nos processos criativos.

Programação de rodas de conversa

Na quarta-feira (5), das 16h às 18h, ocorre no auditório do MIS a fala aberta “Ditadura Civil Militar no Ceará: Organizações e Estratégias de Violência”, com os professores e pesquisadores Airton de Farias e Valderiza Menezes, sob mediação de Jana Rafaella. O debate abordará os mecanismos de repressão e manipulação usados durante a ditadura, incluindo a organização dos grupos golpistas e práticas violentas como a esterilização compulsória de mulheres.

Na quinta-feira (6), das 17h às 19h, o evento “Arte e Política” recebe as artistas Lorena Fabrizia Bossi e Fernanda Carrizo, do Grupo de Arte Callejero (GAC), da Argentina. Conhecido por suas intervenções urbanas de caráter político, o coletivo compartilhará experiências sobre arte pública, ativismo e expressão cultural em processos de resistência. A mediação será conduzida por integrantes do Aparecidos Políticos.

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